segunda-feira, 30 de maio de 2011

fichamento 6 e 7

Efeito da doença periodontal no transplante de medula óssea
AUTOR (ES)
Ronald Halla Junior
FONTE
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

No contexto atual dos centros de transplante de célula-tronco hematopoética (TCTH), as complicações precoces e tardias relacionadas ao transplante têm preocupado as equipes médicas, pois aumentam as taxas de morbi-mortalidade, elevando também os custos operacionais dos estabelecimentos de saúde. Neste sentido, a atenção dada às condições de saúde bucal dos pacientes que se submetem ao TCTH tem merecido nos últimos anos uma maior preocupação, embora ainda de uma maneira muito despadronizada, unidirecional e generalizada. Frente a evidência de que as condições intrabucais sofreriam modificações em função do protocolo do TCTH, a questão da influência da presença de infecções bucais nas complicações relacionadas ao TCTH recebeu maior atenção. Por conseguinte, iniciaram-se um número maior de investigações, direcionadas para o tipo e quantidade de infecção presente na cavidade oral.
O presente estudo foi desenvolvido no sentido de avaliar, mais precisamente, o impacto da presença da atividade inflamatória periodontal, assim como as presenças de reconhecidas bactérias associadas à infecção periodontal, nas complicações relacionadas ao TCTH. Métodos: estudo prospectivo, observacional, em 105 pacientes candidatos ao TCTH autólogo e alogênico [condicionamento mieloablativo ou de intensidade reduzida (RIC)] do Serviço de Hematologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), sobre a presença da atividade inflamatória periodontal, definida por profundidade de sondagem e sangramento gengival, diagnosticada na avaliação bucal de rotina prétransplante e sua relação com mucosite oral, neutropenia, dias de febre, pega e Doença do Enxerto versus Hospedeira (DECH) aguda. A associação foi aferida por ferramentas estatísticas uni e multivariadas, para p<= 0,05. Resultados: dos 91 pacientes com dados avaliáveis, 86,8% tinham atividade inflamatória periodontal (pelo menos um sítio com profundidade de sondagem>= 3 mm associada ao sangramento) e estavam igualmente distribuídos entre todas as modalidades de transplante.
Devido ao fato que os desfechos avaliados foram superponíveis entre os grupos que receberam células-tronco de sangue periférico CTSP (autólogo e alogênico com RIC), as análises foram realizadas de acordo com a origem das células-tronco, com exceção da DECH aguda. A presença da atividade inflamatória periodontal aumentou significativamente os dias de mucosite nos pacientes submetidos ao TCTH com célula-tronco da medula óssea (MO) quando comparado ao TCTH de CTSP (p = 0.023), e este efeito permaneceu significativo (p = 0.03) mesmo quando controlado para o regime de condicionamento com Irradiação Corporal Total. Conclusão: a presença da atividade inflamatória periodontal levou a um aumento significativo na duração da mucosite oral nos pacientes que receberam TCTH de MO. Estes achados devem ser confirmados em um grupo maior de pacientes.

Relação da doença periodontal com a espessura da parede íntimo-média da artéria carótida.
AUTOR (ES)
Lisiane Castagna
FONTE
Universidade do Grande Rio

A infecção e a inflamação crônicas são consideradas fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Recentes estudos indicaram que a periodontite severa pode influenciar no aumento de citocinas pró-inflamatórias e marcadores de inflamação associados com os eventos cardiovasculares. A espessura da camada íntimo-média da artéria carótida é considerada um marcador de risco para as doenças cardiovasculares. O propósito deste estudo foi relacionar a doença periodontal com o espessamento mio-intimal das artérias carótidas. Medidas não invasivas do sistema carotídeas (artéria carótida comum, externa e interna) esquerdas e direito foram feitas com ultrassonografia de alta resolução em 217 sujeitos com idade média de 62,28 (DP: 10,37).
A infecção e a inflamação crônicas são consideradas fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Recentes estudos indicaram que a periodontite severa pode influenciar no aumento de citocinas pró-inflamatórias e marcadores de inflamação associados com os eventos cardiovasculares. A espessura da camada íntima-média da artéria carótida é considerada um marcador de risco para as doenças cardiovasculares. O propósito deste estudo foi relacionar a doença periodontal com o espessamento mio-intimal das artérias carótidas. Medidas não invasivas do sistema carotídeo (artéria carótida comum, externa e interna) esquerdo e direito foram feitas com ultrassonografia de alta resolução em 217 sujeitos com idade média de 62,28 (DP: 10,37).
Adicionalmente, o menor número de dentes (P=0, 0007) também foi mais prevalente no grupo com estenose. Neste estudo, observamos, portanto, a associação entre a estenose parcial da parede íntima-média no sistema carotídeo (placas ateromatosas) e a aterosclerose subclinical, com a presença da doença periodontal crônica em maior extensão e severidade e o número de dentes.

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