segunda-feira, 30 de maio de 2011

blog divulgação

fichamento 8,9,10

Influência das concavidades radiculares nas perdas clínicas de inserção, detectadas no exame clínico periodontal inicial.
Francisco Emilio PUSTIGLIONI*
Giuseppe Alexandre ROMITO**



PUSTIGLIONI, F. E.; ROMITO, G. A. Influência das concavidades radiculares nas perdas clínicas de inserção, detectadas no exame clínico periodontal inicial. Rev Odontol Univ São Paulo, v.13, n.4, p.375-381, out./dez.

As concavidades radiculares podem constituir-se em nichos de retenção de placa bacteriana29 e o tratamento da superfície radicular10, assim como a higiene bucal30, podem ser dificultados pela presença destas conformações.
A partir do trabalho de BOWER5 (1979), as informações, a respeito da anatomia radicular, principalmente, das concavidades, passam a ter um direcionamento clínico. No entanto, seria necessário relacionar sua presença com as destruições ocorridas nas estruturas periodontais circunvizinhas para poder aquilatar sua importância.
A placa bacteriana, responsável pelo início da doença periodontal é retida facilmente em determinados locais do dente, tais como: a união amelodentinária7, o sulco palato radicular8 e concavidades radiculares. Estes acidentes anatômicos podem estar relacionados com o início e evolução da doença periodontal29.
A grande maioria dos autores que estudaram as concavidades radiculares se preocuparam em verificar sua presença, localização e características morfológicas. Afirmam que a presença de concavidades em uma raiz, funcionaria como nicho de retenção. Deixam transparecer a impressão de que este fato facilitaria a progressão da doença periodontal. No entanto, são apenas impressões, ou opiniões pessoais, que não estão suportadas por pesquisas científicas bem conduzidas. Se esta hipótese fosse verdadeira, e as concavidades realmente se comportassem como um fator etiológico importante, quando a destruição dos tecidos periodontais provocasse PCI, de cerca de 4 mm, em uma face dentária que apresentasse concavidade, na grande maioria das vezes esta seria atingida e haveria condições para que a progressão da doença periodontal se tornasse mais rápida, ou mais intensa. Isto resultaria em maiores perdas de inserção nas faces portadoras de concavidades, quando comparadas a sítios livres destes detalhes anatômicos. Quanto maior fosse a concavidade, maior seria a destruição.
Os nossos resultados não confirmaram esta linha de raciocínio. Não pudemos encontrar maiores PCI em áreas que estatisticamente apresentavam concavidades maiores.
Encontramos na literatura consultada um único trabalho científico18 que procurou, como objetivo principal, correlacionar as PCI com a largura e profundidade das concavidades radiculares. Este trabalho foi realizado com metodologia simples e bem definida e não podemos contestar seus resultados. No entanto, nossos resultados foram bastante claros e, frente à amostragem utilizada, também não deixam dúvidas quanto à sua validade.
As diferenças encontradas poderiam ser atribuídas ao fato de LEKNESS et al.18 (1994) terem empregado dentes condenados e que poderiam, frente à pequena quantidade de suporte remanescente, estar sendo submetidos a grandes cargas funcionais. A sua metodologia não permite saber o número de dentes remanescentes na cavidade bucal dos pacientes doadores dos dentes estudados. Na nossa amostra, os pacientes tinham, em média, 22 dentes, o que nos leva a supor que poderiam apresentar melhor distribuição dos esforços oclusais funcionais.
Este trabalho avalia a PCI em toda a boca dos pacientes, e chega aos sítios com PCI  4 mm, o que propicia uma análise mais abrangente do quadro. Ainda, FOX; BOSWORTH9 (1987) admitem que estudos realizados com dentes extraídos, por razões periodontais, podem fornecer resultados tendenciosos.
Nas áreas proximais a remoção de placa e cálculo é reconhecidamente mais difícil4,9,12. BECKER et al.3 (1979), acreditam que, como a placa bacteriana se acumula mais nas faces proximais, não foi surpreendente que os maiores aumentos de profundidade de bolsa ocorressem nestas faces.
CAFFESSE et al.7 (1986), demonstraram que o grupo de pacientes que em seu trabalho foi submetido a técnicas cirúrgicas a retalho, mostrou cálculo residual quase sempre associado a algum tipo de concavidade da superfície.
Embora tenhamos encontrado as maiores perdas de inserção nas faces proximais, nossos resultados mostraram que, a maior PCI em um determinado sítio não pode ser diretamente relacionada à presença, profundidade e/ou largura de concavidades. Não podemos esquecer que a doença periodontal é multifatorial.
Como nossos resultados foram baseados em médias estatísticas, não se deve perder de vista a possibilidade de que em determinadas condições, e em determinados indivíduos, estes detalhes anatômicos possam desenvolver um papel importante. Assim, no exame, diagnóstico, prognóstico, complementação cirúrgica e na fase de controle e manutenção do tratamento periodontal, a presença deste detalhe anatômico não deve ser desprezada. As concavidades podem ser extremamente importantes quando analisamos sua influência nos resultados obtidos com controle de placa bacteriana, bem como com os procedimentos restauradores dentários.


Clareamento gengival: ensino e etnocentrismo

Gingival bleaching: teaching and ethnocentrism


Edson Daruich BollaI; Paulete GoldenbergII
Departamento de Psicologia da Educação, Faculdade de Educação, UNICAMP. Av. Bertrand Russel 801, Cidade Universitária "Zeferino Vaz". 13083-865 Campinas SP. IIPrograma de Pós-graduação em Ensino em Ciências da Saúde, Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde, Universidade Federal de São Paulo
Ciência & Saúde Coletiva
version ISSN 1413-8123
Ciênc. saúde coletiva vol.15 supl.1 Rio de Janeiro June 2010
doi: 10.1590/S1413-81232010000700090
ARTIGO ARTICLE

Segundo Thomaz1, o etnocentrismo "[...] consiste em julgar como certo ou errado, feio ou bonito, normal ou anormal os comportamentos e as formas de ver o mundo dos outros povos a partir dos próprios padrões culturais [...]". Ainda que caminhem juntos, etnocentrismo e racismo não é a mesma coisa. Lévi-Strauss, citado por Machado2, afirma que não se pode confundir o racismo - considerado como uma [...] doutrina falsa que pretende ver nas características intelectuais e morais atribuídas a um conjunto de indivíduos [...] o efeito necessário de um patrimônio genético comum - com a atitude de indivíduos ou grupos cuja fidelidade a certos valores os torna parcial ou totalmente insensíveis a outros valores. Entendendo que as posturas etnocêntricas podem evoluir para um racismo, particularmente diante do intenso processo de inclusão-exclusão sociais em nosso meio, consideramos a definição de Munanga3: "O racismo é uma crença na existência das raças naturalmente hierarquizadas pela relação intrínseca entre o físico e o moral, o físico e o intelecto, o físico e o cultural".
No Brasil, como refere Carneiro4, tem sido usual sustentar a imagem de uma nação cordial, caracterizada por apresentar um povo pacífico e sem preconceito de "raça", sendo que durante anos alimentamos a idéia de que vivemos uma democracia racial. Entretanto, tal democracia racial não existe, haja vista as desigualdades e limites de oportunidades oferecidas aos negros ao longo da história.
De acordo com Soligo5, em 1501, se inicia a história do negro no Brasil. A transição do trabalho indígena para o africano explica-se pelo tráfico negreiro que abriu caminho a um negócio rendoso, de alto valor comercial6.
Segundo Schwarcz, citado por Haag7, no final do século XIX, se afirmava que a mistura racial era prejudicial e que um país formado por muitos segmentos raciais estava fadado à decadência. Segundo a autora, Nina Rodrigues, assumindo o "darwinismo racial", preconizava a separação racial: a seleção natural daria cabo, no processo competitivo, dos segmentos inferiores que seriam postos sob controle ou eliminados. No período pós-abolicionista - expressando uma modalidade de racismo à brasileira, segundo Domingues8 - o branqueamento era apresentado como um processo irreversível no país. Pelas estimativas mais "confiáveis", o tempo necessário para a extinção do negro em terra brasileira oscilaria entre cinquenta e duzentos anos. Bernardino9 afirma que, ao lado do mito da democracia racial, arquitetou-se no Brasil o ideal do branqueamento como uma política nacional de promoção da imigração européia que visava suprir a escassez de mão de obra resultante da abolição e modernizar o país através da atração de mão de obra européia.
A ideologia do embranquecimento apresenta o branco como modelo de beleza e de sucesso. A hierarquização das pessoas em termos de sua proximidade a uma aparência branca ajudou a fazer com que indivíduos de pigmentação escura desprezassem a sua origem africana, cedendo assim à forte pressão do branqueamento, levando-os a fazer o melhor possível para parecerem mais brancos10.
Segundo Carneiro4, existe um preconceito velado em nossa sociedade, no qual dificilmente encontramos nas falas dos indivíduos a sua explicitação. Tal pensamento está nas formas de agir, nas opiniões e opções que os sujeitos fazem julgando os negros - como inferiores - pela cor de sua pele e não pela sua capacidade, índole e caráter. Para a autora, no Brasil, tem sido usual sustentar a imagem de um país cordial, caracterizado pela presença de um povo pacífico, sem preconceito de raça e religião.
Tal negação do racismo acaba por propiciar a hegemonia do branco e, nesse âmbito, se inscreve a formação do clareamento gengival, apresentado aos discentes de odontologia como uma técnica resultante dos avanços profissionais.
Os primeiros cursos de graduação em odontologia, no Brasil, foram criados em outubro de 1884, nas Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro. Em 1898, foi fundada a Escola (privada) Livre de Farmácia e Odontologia em São Paulo, sendo que em 1933 se concretiza a separação dos cursos de odontologia das escolas médicas6.
No processo de reorganização do ensino médico nos Estados Unidos e Canadá, o Relatório Flexner, publicado em 1910, refletiu no ensino superior, defendendo a inserção das escolas de medicina nas instituições universitárias. O relatório previa a criação de departamentos em lugar de cátedras e o desenvolvimento de ensino e pesquisa, destacando a formação em ciências. Tais disposições comportariam a criação do ciclo básico antecedendo ao ciclo profissionalizante, assim como a incorporação do hospital como campo de treinamento na formação de médicos. A reprodução de igual movimento no âmbito da odontologia, de acordo com Gies, citado por Oliveira6, constituiria a base para o desenvolvimento tecnológico ao lado do desenvolvimento das especialidades que consubstanciariam o caráter tecnicista da formação em odontologia em nosso meio.
No decorrer da trajetória desencadeada a partir da reforma universitária (que se instala em 1968), reafirma-se o desenvolvimento da pesquisa com a instalação da pós-graduação que suportaria propostas da formação especializada de recursos humanos.
Nas décadas seguintes, no contexto da intensificação da globalização, renovam-se as propostas relativas ao processo ensino/aprendizagem, sendo preconizadas reformas curriculares, assegurada a flexibilidade no tocante à sua organização. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional11 de 1996, destacando a necessidade de atender às demandas sociais, no artigo 43, propõe estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito crítico e do pensamento reflexivo. Tal lei dispõe sobre a extinção dos currículos mínimos, desencadeando as proposições em torno de mudanças curriculares explicitadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (2001). Desde o final de 2001, os cursos de odontologia começaram a buscar soluções, cumprindo as exigências de elaboração de projetos político-pedagógicos, dando conta de mudanças curriculares envolvendo a profissionalização do trabalho docente.
Para Péret e Lima12, a formação do professor de odontologia tem sido baseada na racionalidade técnica, fundada na filosofia positivista. Assim, são considerados profissionais competentes aqueles que solucionam problemas instrumentais, mediante aplicação de teorias e práticas derivadas de conhecimento sistemático. O conhecimento emergente das particularidades dos contextos sociais e culturais dos cidadãos não tem sido enfocado nesse modelo, o que induz à necessidade de repensar a formação dos professores em uma dimensão humana e crítica. Isso se aplica à ausência de considerações de questões relativas às desigualdades sociais na formação odontológica ao lado da supervalorização da técnica. Neste sentido, coloca-se como exemplar a problemática da estética enquanto expressão de preferências no convívio com a diferença.
Discutindo a questão estética da população negra, Gould16, ao comentar sobre as idéias de alguns abolicionistas, dentre eles Benjamin Franklin, relata que, mesmo entre aqueles que consideravam a inferioridade dos negros como puramente cultural, a frequência do juízo estético que determinava a superioridade da população branca em detrimento das demais era surpreendente.
Em resposta à busca pela "perfeição não definida"17, mas associada ao padrão branco de beleza, é que muitas técnicas terapêuticas de modificações de caracteres presentes em pessoas não brancas têm sido desenvolvidas com o intuito de assemelhá-las aos padrões estéticos vigentes na sociedade ocidental: o padrão estético da população branca (branqueamento estético).
Os avanços da tecnologia e da pesquisa no ramo da cosmética, na atualidade, vêm permitindo o refinamento e a perpetuação do branqueamento estético. A odontologia passou, segundo Mandarino, a seguir caminhos que vão além de técnicas restauradoras, buscando restabelecer a função, a estética e o bem-estar do cliente, devolvendo-lhe a autoestima, o prazer em sorrir, ou seja, o prazer em viver.
A propósito da busca contemporânea pela renovação do ensino, reafirma-se a preocupação com os padrões de estética bucal/gengival que orientam a formação prática do cirurgião- dentista, tendo por suspeita que a realização do clareamento gengival - envolvendo uma postura etnocêntrica - se faz norteada pelo padrão branco de beleza. Neste sentido é que nos propomos a trabalhar os referenciais de beleza vigentes no ensino da periodontia no tocante ao clareamento gengival, assim como identificar as concepções de estética bucal do cirurgião-dentista subjacentes à prática do referido procedimento.
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Print version ISSN 0100-7203
Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol.27 no. 7 Rio de Janeiro July 2005
doi: 10.1590/S0100-72032005000700003

A condição periodontal materna e o nascimento de prematuro de baixo peso: estudo caso-controle

Maternal periodontal status and preterm low birth weight: a case-control study


Fernanda Ferreira LopesI; Liana Linhares LimaII; Maria Carmem de Albuquerque RodriguesII; Maria Carmen Fontoura Nogueira da CruzI; Ana Emília Figueiredo de OliveiraI; Cláudia Maria Coelho AlvesI
IDocente do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Maranhão - UFMA - São Luis (MA) - Brasil
IICirurgiã-Dentista da Universidade Federal do Maranhão


Os recém-nascidos prematuros e de baixo peso (PMBP) representam, aproximadamente, 10% de todos os nascimentos nos EUA, gerando custo anual que excede cinco bilhões de dólares. Embora os recém-nascidos PMBP sejam normais ao exame neurológico inicial, o espectro de deficiências neurológicas variam em diversos graus de anormalidades neuromotoras2, fazendo com que a prematuridade constitue problema perinatal mais sério em nossos dias, pois durante o período neonatal, os recém-nascidos PMBP apresentam taxa de morbidade 40 vezes mais elevada que os recém-nascidos a termo3.
É considerada gestação a termo aquela compreendida entre 37 semanas completas e menos de 42 semanas completas (259 a 293 dias completos), sendo os recém-nascidos de baixo peso aqueles que pesam menos de 2.500 g ao nascimento4. No entanto, as infecções maternas podem levar à presença de produtos bacterianos como lipopolissacarídeos ou endotoxinas provenientes de bactérias gram-negativas que estimulam a produção de citocinas, incluindo interleucina 1 (IL-1), fator de necrose tumoral (TNF) e interleucina 6 (IL-6), e aumentam a produção de prostaglandinas, levando assim ao parto prematuro1,5.
As doenças periodontais são essencialmente infeciosas, baseadas na presença de determinadas espécies bacterianas, principalmente gram-negativas anaeróbicas, semelhante ao processo infecioso materno5. O objetivo final da terapia periodontal é a remoção dos patógenos causadores da doença e que, concomitantemente, haja recolonização por microrganismos compatíveis com a saúde6, 7.
O papel da infecção periodontal como possível fator de risco para o PMBP parece envolver a translocação de produtos bacterianos, tais como lipopolissacarídeos (LPS) ou mediadores inflamatórios (IL-1, IL-6, TNF-a e PGE2), ao invés da passagem bacteriana, ou seja, translocação da bactéria por si só8.
A associação significativa entre a gravidade da doença periodontal e recém-nascidos de baixo peso sugere a possibilidade de que a doença periodontal na gravidez seja fator de risco para o nascimento de recém-nascidos com baixo peso9, 10, tendo sido detectado que a doença periodontal infecciosa parece ter relação direta com o nascimento de PMPB11. Todavia, alguns trabalhos mostraram não haver associação significativa entre a doença periodontal materna e o parto prematuro de recém-nascidos de baixo peso, ratificando que a doença periodontal materna não representa um fator de risco para o nascimento de PMBP12, 13. Assim, ainda existe a necessidade de mais estudos para esclarecer essa possível relação, como evidenciado pelos dados microbiológicos da placa bacteriana subgengival14.
Diante da importância de conhecermos os fatores de risco associados ao parto prematuro e em face das discussões científicas sobre a possível associação entre a infecção periodontal e o nascimento de prematuros com baixo peso, tornam-se imprescindíveis estudos abordando esses aspectos. Além do conflito de resultados apresentados na literatura e a sugestão de maior exploração do tema por trabalhos recentes14, 15, o presente trabalho teve por objetivo verificar as condições periodontais e necessidade de tratamento fornecidas pelo Registro Periodontal Simplificado (PSR) em puérperas de recém-nascidos de baixo peso, por meio de estudo clínico caso-controle, com o intuito de contribuir ao esclarecimento da relação entre doença periodontal e nascimento de recém-nascidos prematuros de baixo peso.

fichamento 6 e 7

Efeito da doença periodontal no transplante de medula óssea
AUTOR (ES)
Ronald Halla Junior
FONTE
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

No contexto atual dos centros de transplante de célula-tronco hematopoética (TCTH), as complicações precoces e tardias relacionadas ao transplante têm preocupado as equipes médicas, pois aumentam as taxas de morbi-mortalidade, elevando também os custos operacionais dos estabelecimentos de saúde. Neste sentido, a atenção dada às condições de saúde bucal dos pacientes que se submetem ao TCTH tem merecido nos últimos anos uma maior preocupação, embora ainda de uma maneira muito despadronizada, unidirecional e generalizada. Frente a evidência de que as condições intrabucais sofreriam modificações em função do protocolo do TCTH, a questão da influência da presença de infecções bucais nas complicações relacionadas ao TCTH recebeu maior atenção. Por conseguinte, iniciaram-se um número maior de investigações, direcionadas para o tipo e quantidade de infecção presente na cavidade oral.
O presente estudo foi desenvolvido no sentido de avaliar, mais precisamente, o impacto da presença da atividade inflamatória periodontal, assim como as presenças de reconhecidas bactérias associadas à infecção periodontal, nas complicações relacionadas ao TCTH. Métodos: estudo prospectivo, observacional, em 105 pacientes candidatos ao TCTH autólogo e alogênico [condicionamento mieloablativo ou de intensidade reduzida (RIC)] do Serviço de Hematologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), sobre a presença da atividade inflamatória periodontal, definida por profundidade de sondagem e sangramento gengival, diagnosticada na avaliação bucal de rotina prétransplante e sua relação com mucosite oral, neutropenia, dias de febre, pega e Doença do Enxerto versus Hospedeira (DECH) aguda. A associação foi aferida por ferramentas estatísticas uni e multivariadas, para p<= 0,05. Resultados: dos 91 pacientes com dados avaliáveis, 86,8% tinham atividade inflamatória periodontal (pelo menos um sítio com profundidade de sondagem>= 3 mm associada ao sangramento) e estavam igualmente distribuídos entre todas as modalidades de transplante.
Devido ao fato que os desfechos avaliados foram superponíveis entre os grupos que receberam células-tronco de sangue periférico CTSP (autólogo e alogênico com RIC), as análises foram realizadas de acordo com a origem das células-tronco, com exceção da DECH aguda. A presença da atividade inflamatória periodontal aumentou significativamente os dias de mucosite nos pacientes submetidos ao TCTH com célula-tronco da medula óssea (MO) quando comparado ao TCTH de CTSP (p = 0.023), e este efeito permaneceu significativo (p = 0.03) mesmo quando controlado para o regime de condicionamento com Irradiação Corporal Total. Conclusão: a presença da atividade inflamatória periodontal levou a um aumento significativo na duração da mucosite oral nos pacientes que receberam TCTH de MO. Estes achados devem ser confirmados em um grupo maior de pacientes.

Relação da doença periodontal com a espessura da parede íntimo-média da artéria carótida.
AUTOR (ES)
Lisiane Castagna
FONTE
Universidade do Grande Rio

A infecção e a inflamação crônicas são consideradas fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Recentes estudos indicaram que a periodontite severa pode influenciar no aumento de citocinas pró-inflamatórias e marcadores de inflamação associados com os eventos cardiovasculares. A espessura da camada íntimo-média da artéria carótida é considerada um marcador de risco para as doenças cardiovasculares. O propósito deste estudo foi relacionar a doença periodontal com o espessamento mio-intimal das artérias carótidas. Medidas não invasivas do sistema carotídeas (artéria carótida comum, externa e interna) esquerdas e direito foram feitas com ultrassonografia de alta resolução em 217 sujeitos com idade média de 62,28 (DP: 10,37).
A infecção e a inflamação crônicas são consideradas fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Recentes estudos indicaram que a periodontite severa pode influenciar no aumento de citocinas pró-inflamatórias e marcadores de inflamação associados com os eventos cardiovasculares. A espessura da camada íntima-média da artéria carótida é considerada um marcador de risco para as doenças cardiovasculares. O propósito deste estudo foi relacionar a doença periodontal com o espessamento mio-intimal das artérias carótidas. Medidas não invasivas do sistema carotídeo (artéria carótida comum, externa e interna) esquerdo e direito foram feitas com ultrassonografia de alta resolução em 217 sujeitos com idade média de 62,28 (DP: 10,37).
Adicionalmente, o menor número de dentes (P=0, 0007) também foi mais prevalente no grupo com estenose. Neste estudo, observamos, portanto, a associação entre a estenose parcial da parede íntima-média no sistema carotídeo (placas ateromatosas) e a aterosclerose subclinical, com a presença da doença periodontal crônica em maior extensão e severidade e o número de dentes.

fichamento 4 e 5

Uso de produtos naturais como coadjuvante no tratamento da doença periodontal
AUTOR (ES)
Juiz, Paulo J. L.; Alves, Reinaldo J. C.; Barros, Tânia F.
FONTE
Revista Brasileira de Farmacognosia


A procura por produtos naturais com atividade antibacteriana no combate a doenças que afetam o elemento dental tem merecido destaque, principalmente com o advento de cepas multirresistentes a antibióticos (Roberts, 2002) e efeitos colaterais associados ao uso da clorexidina, que é aclamada como padrão ouro no controle da placa bacteriana (Jones, 1997), incluindo: inativação na presença de sulfatos e cálcio (Van Grunsven & Cardoso, 1995), manchamento extrínsico no esmalte dentário, hiperplasia de papilas linguais e perda do sentido da gustação. Desta forma, a utilização de produtos naturais associada ao tratamento preventivo poderia reduzir a alta incidência de doenças que afetam o elemento dental, como à doença periodontal.
A doença periodontal é descrita como um conjunto de processos inflamatórios e infecciosos que ISSN 0102-695X acomete os tecidos periodontais, de etiologia multifatorial, incluindo Diabetes mellitus insulino dependente, infecção por HIV, tabagismo (Genco, 1996; Yoshimitus et al., 1998), alterações neutrofílicas (Page & Kornman, 1997) e predisposição genética (Cullinan et al., 2008; Loos et al., 2008).
A doença periodontal é considerada uma infecção oportunista induzida por bactérias anaeróbias que colonizam o biofilme dental subgengival. Alguns pacientes podem não responder eficazmente a terapia periodontal convencional, que consiste em reduzir a microbiota patogênica e promover a regeneração tecidual, por meio de técnicas mecânicas (raspagem e alisamento radicular) e cirúrgicas, associadas a antibioticoterapia e uso de antissépticos. Porém, a presença de cepas de microrganismos multirresistentes são obstáculos a terapia periodontal.
O Brasil possui a mais rica flora em todo o mundo, com mais de 56.000 espécies de plantas, cerca de 19% da flora mundial. Estimativas indicam aproximadamente 5 a 10 espécies de gimnosperma, 55.000 a 60.000 espécies de angiospermas, 3100 espécies de briófitas e 1200 a 1300 espécies de pteridófitas, e em torno de 525 espécies de algas marinhas (Giulietti et al., 2005). Esta biodiversidade pode ser uma rica fonte de matéria-prima de produtos naturais com atividade antimicrobiana e representa uma alternativa promissora no combate as cepas multirresistentes.
A efetividade de um antimicrobiano pode ser influenciada pela presença de sangue, matéria orgânica, biofilmes intactos menos susceptíveis a ação da droga, o que dificulta a análise da atividade antimicrobiana frente a periodontopatógenos em testes in vitro.
O uso da clorexidina, a despeito de seus efeitos colaterais, poderia suplantar as dificuldades no controle químico da placa dental, visto que a clorexidina é um potente agente bactericida, embora seu efeito seja maior nas camadas superficiais do biofilme dental.
A atividade antibacteriana da clorexidina poderia ser melhorada por meio de sua combinação com óleos essenciais, que poderiam ser usados para reduzir a concentração de clorexidina em colutórios bucais, minimizando os efeitos colaterais e maximizando a atividade antimicrobiana deste antisséptico.
Branda e colaboradores (2005) descrevem o biofilme microbiano como uma comunidade multicelular fisiológica, bioquímica e estruturalmente organizada por uma matriz extracelular, a desorganização do biofilme ou a inibição da produção da matriz extracelular seriam mecanismos de ações ideais de um fitofármaco, mais do que agir exclusivamente sobre as bactérias planctônicas.
Muitos trabalhos (Bakri et al., 2005; Feres et al.,2005; Iauk et al., 2003; Lee & Chung, 2004) têm sugerido que o uso de plantas medicinais associado ao tratamento periodontal convencional, além da ação antiinflamatória, poderia resultar em diminuição da contagem de microrganismos responsáveis pela destruição dos tecidos de sustentação do elemento dental.
O efeito sinérgico das ações anti-inflamatórias, imunomoduladoras e antimicrobianas das plantas medicinais são uma ferramenta útil no tratamento da doença periodontal.
Não devemos, no entanto, desmerecer e abolir por completo o uso de drogas convencionais, cujo efeito comprovado corrobora a importância de sua utilização como: penicilina, tetraciclina, amoxicilina, doxicilina, metronidazol, ciprofloxacina e outros. Embora, a conscientização da população como um todo e dos profissionais da área de saúde habilitados para prescrição de medicamentos, quanto ao uso indiscriminado de antibióticos deverá fazer parte dos Programas anuais desenvolvidos pelo Ministério da Saúde, já que segundo Rodrigues e colaboradores (2004), cepas de Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis e Tannerella forsythensis já apresentam um perfil de resistência a determinadas drogas como a tetraciclina.
O uso de plantas medicinais em saúde preventiva e curativa é cercado de recomendações rigorosas quando da sua utilização, pois segundo Veiga Jr e Pinto (2005) muitas plantas têm mostrado efeitos adversos como irritação gástrica, lesões no sistema nervoso, hemorragias, irritação na mucosa bucal.
Plantas com atividade sobre os periodontopatógenos seriam mais eficazes se também inibissem o crescimento de microrganismos como o S. mutans, que facilitam a instalação de periodontopatógenos no biofilme dental.
A terapia periodontal tem como objetivo a saúde periodontal, evitando a perda do elemento dental. Os cirurgiões-dentistas procuram novas informações, a fim de torná-los capazes de identificar e tratar a doença periodontal, reduzindo o risco de desenvolvimento de doenças como as cardiovasculares, incluindo endocardite bacteriana, bem como minimizando problemas de cunho psicosocial, incluindo ausência de autoestima e oportunidade de trabalho, que estão diretamente relacionados às conseqüências que a DP pode gerar. Neste contexto, novos instrumentos de tratamento como o uso de plantas medicinais no controle do crescimento e organização do biofilme subgengival trará uma nova possibilidade para o tratamento de um problema, hoje, mundial: a Doença Periodontal.

Doenças periodontais e desfechos gestacionais adversos
AUTOR (ES)
Patricia Weidlich
FONTE
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
A associação das doenças periodontais com várias condições sistêmicas como alterações cardiovasculares, controle metabólico da diabetes, doenças pulmonares, úlcera gástrica e acidentes vasculares passou a ser extensivamente estudada a partir da década de oitenta. Um tópico em particular que tem merecido atenção de vários autores é o parto pré-termo e baixo peso ao nascer. O primeiro estudo sobre o assunto realizado em humanos mostrou que gestantes que apresentavam perda de inserção generalizada possuíam sete vezes mais chances de apresentar parto pré-termo e/ou recém-nascidos com baixo peso. Desde então, a doença periodontal passou a ser investigada como possível fator de risco para parto pré-termo e baixo peso ao nascer.
A relação entre doenças periodontais e os desfechos gestacionais adversos foi demonstrada em estudos com diferentes desenhos experimentais, e resultados inconsistentes são constantemente apresentados. Esta tese consiste em um ensaio clínico randomizado com 299 gestantes, em que foi avaliado o efeito do tratamento periodontal sobre parto pré-termo e baixo peso ao nascer. As pacientes do grupo teste receberam tratamento periodontal que incluiu raspagem e alisamento supra e subgengivais e instrução para higiene bucal. Consultas de controle para profilaxia profissional e instrução para higiene bucal foram realizadas após o tratamento até o parto. Os desfechos primários avaliados foram parto pré-termo e baixo peso ao nascer. Ambos os grupos não diferiram com relação à taxa de partos prétermo, sendo que 14 gestantes (9,09%) do grupo controle e 17 gestantes (11,72%) do grupo teste apresentaram término da gestação anterior a 37 semanas (p=0,57).
Com relação ao peso ao nascer, também não houve diferença significativa entre os grupos, sendo que oito gestantes (5,63%) do grupo teste e seis gestantes do grupo controle (4,05%) apresentaram recém nascidos com peso de nascimento inferior a 2500 gramas (p=0,59). A doença periodontal foi tratada com sucesso no grupo teste. Contudo, o tratamento da doença periodontal não reduziu de maneira significativa a ocorrência de parto pré-termo e baixo peso ao nascer.

ficamento 2 e 3

Artrite crônica e periodontite
A artrite crônica e a periodontite apresentam similaridades em seus mecanismos patogênicos, o que tem despertado interesse na pesquisa sobre a associação entre essas condições (1). A artrite reumatoide (AR) pode funcionar como um modulador para a resposta imune no periodonto do hospedeiro, aumentando a suscetibilidade à doença periodontal destrutiva em adultos (2). Recentemente, nosso grupo de pesquisa observou que pacientes com artrite idiopática juvenil (AIJ) possuíam maior frequência de perda de inserção clínica periodontal na região Inter proximal, comparados a indivíduos saudáveis da mesma idade (3)
O periodonto é definido como o conjunto de tecidos que circundam os dentes. Subdivide-se em periodonto de inserção (ligamento periodontal, cemento radicular e osso alveolar) e periodonto de proteção (gengiva) . A principal função do periodonto é inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares e manter a integridade da superfície da mucosa mastigatória da cavidade oral. O grau de destruição que o periodonto apresenta num dado momento é medido por meio de uma sonda graduada em milímetros (sonda periodontal). As principais condições inflamatórias que acometem o periodonto são gengivite e periodontite. A gengivite é uma inflamação apenas do periodonto de proteção e é clinicamente caracterizada por mudanças na coloração do tecido gengival (hiperemia) e presença de sangramento à sondagem e, normalmente, associa-se à presença de placa bacteriana no sulco gengival. Uma vez estabelecida à gengivite, se não houver interferência na formação continuada da placa bacteriana, pode desenvolver-se, em indivíduos suscetíveis, um quadro de periodontite.
Há estudos sugerindo que condições reumatologicas, como a AR e a AIJ, também possam ser modificadoras do processo saúde-doença periodontal, aumentando a suscetibilidade à doença periodontal destrutiva, tanto em adultos (2,6) como em crianças e adolescentes (3,7). Algumas hipóteses têm sido sugeridas para justificar uma possível associação entre a AR e a periodontite. Tais hipóteses serviriam também, com plausibilidade biológica, para uma inter-relação entre a AIJ e a periodontite, uma vez que, em todas essas condições, evidencia-se uma importante desregulação do sistema imune, possivelmente associada a ou influenciada por fatores genéticos e ambientais. A inter-relação entre a artrite crônica e a periodontite parece ter um caráter bidirecional.
Uma das teorias que tenta explicar como a periodontite seria uma condição de risco à AR baseia-se na exposição crônica ao lipopolissacarídeo que ocorre nas doenças periodontais. Segundo esse conceito, o lipopolissacarídeo de bactérias periodontopáticas serviria como uma fonte de superantígenos ao hospedeiro, podendo iniciar a cascata imunológica observada na AR(9). Por outro lado, a desregulação imunológica observada na AR, gerando o aumento de citocinas como a interleucina 1 (IL-1), o fator de necrose tumoral (TNF-) e a IL-6, local e sistemicamente, faria com que pacientes com artrite reumatóide, na presença de patógenos periodontais e um meio ambiente propício, desenvolvessem maior suscetibilidade à periodontite(6). Além disso, a hiperatividade neutrofílica tem sido evidenciada em certas doenças crônicas e parece justificar possíveis inter-relações entre algumas condições inflamatórias. Os neutrófilos são as células mais importantes nas articulações de pacientes com AR ativa e parecem desempenhar uma importante função na periodontite. Evidenciou-se hiperatividade de neutrófilos tanto na periodontite quanto na artrite. Desta forma, talvez uma doença possa funcionar como estímulo pré-ativador para neutrófilos periféricos, fazendo que essas células ajam de forma mais agressiva, quando recrutadas para atuar em outra doença (10-12).
AUTOR (ES)
Braga, Flávia Silva Farah Ferreira; Miranda, Letícia Algarves; Miceli, Vivian de Carvalho; Áreas, Alessandra; Figueredo, Carlos Marcelo Silva; Fischer, Ricardo Guimarães; Marques, Alessandra Fonseca Graça da Silva; Campos, Luciene Lima; Sztajnbok, Flavio Roberto
FONTE
Revista Brasileira de Reumatologia

Alterações periodontais associadas às doenças sistêmicas em crianças e adolescentes
AUTOR (ES)
Vieira, Thaís Ribeiral; Péret, Adriana de Castro A.; Péret Filho, Luciano Amédée
FONTE
Revista Paulista de Pediatria

As doenças periodontais consistem em processos inflamatórios de origem infecciosa que acometem os tecidos gengivais (gengivites) e/ou os tecidos de suporte dos dentes (periodontites) (1). Ocorrem como consequência das reações inflamatórias e imunológicas nos tecidos periodontais induzidas pelos micro-organismos do biofilme dental (placa bacteriana), danificando o tecido conjuntivo e o osso alveolar (2-3).
O biofilme bacteriano desempenha um papel importante no processo patogênico. Estratégias para evitar o seu acúmulo por meio de uma boa higiene oral e de raspagem e alisamento radicular devem ser empregadas. Enquanto as bactérias são essenciais para o desencadeamento da doença, a evolução e a extensão do dano periodontal também se relacionam com a suscetibilidade do hospedeiro (2).
O processo patogênico apresenta diferenças na extensão e gravidade no próprio indivíduo e entre indivíduos diferentes. As razões para isso são multifatoriais, podendo estar associadas a condições de risco, como alterações sistêmicas e aspectos comportamentais (2).
A periodontite apresenta alta prevalência em adultos. Em contrapartida, sua ocorrência é rara em crianças, mas não menos importante. Quando se manifesta na população infantil, a doença se desenvolve de forma mais agressiva, destrutiva e de rápida progressão, levando à perda de estruturas de suporte até à perda do elemento dental (1).
O desenvolvimento e a evolução da periodontite são dependentes da resposta imune do hospedeiro (4). Estudos sugerem que indivíduos com início precoce de doença periodontal podem ter doença sistêmica ou apresentar alterações no sistema imunológico (5-10). A hipofosfatasia (11-13), a histiocitose X(6,13-15), a síndrome de Down (7,16-20), a síndrome de Papillon-Lefèvre (6,11,13,2123), a síndrome de Ehlers-Danlos(3,6,11,13), a síndrome de ChédiakHigashi(6,13,24-25), doenças que levam à neutropenia(21,25-27) e disfunções de neutrófilos(6,13,21,25) como deficiência de moléculas de adesão e alterações de quimiotaxia, leucemia(28-31) e Aids(28,32-37) podem apresentar relação com o aparecimento de alterações periodontais graves em crianças e adolescentes
A ocorrência de alterações periodontais é observada com frequência em crianças e adolescentes com alterações sistêmicas (6-8,10-37). A literatura evidenciou que as alterações periodontais manifestam desde uma inflamação gengival até as formas mais destrutivas, como a periodontite agressiva, levando, em alguns casos, à esfoliação precoce de dentes. Esses achados são importantes para reforçar a necessidade de incorporar, no planejamento terapêutico desses pacientes, cuidados odontológicos que visem a prevenir e controlar a infecção periodontal, reduzindo assim perdas dentárias e infecções, o que pode contribuir para a manutenção da saúde sistêmica.

fichamentos1

A influência do fumo na doença periodontal
O fumo é associado a inúmeras patologias e responsabilizado por autos índices de mortalidade em todo o mundo. A fumaça do cigarro resultante da combustão incompleta do tabaco é constituída por uma mistura heterogênea de, da qual fazem parte a nicotina e o monóxido de carbono, que são substâncias responsáveis pelos efeitos deletérios do fumo nos tecidos periodontais.
Sabe-se que a nicotina está relacionada à perda óssea alveolar, perda de inserção periodontal, formação de bolsas periodontais e consequentemente perda de elementos dentais. Isto é observado devido a ação da nicotina sobre as funções defensivas de monócitos e neutrófilos na igG2 sérica reativa para o Actinobacillus actinomyce temcomitans, assim como sua ação sobre fibroblastos gengivais, produção de fibronectina colágeno tipo 1 que somado as diminuições do transporte de oxigênio produzida pelo monóxido de carbono alteram a resposta cicatricial tanto após a terapia periodontal cirúrgica quanto a não cirúrgica
O fumo acelera a reabsorção óssea e provoca maior perda da inserção clínica. A nicotina inibe a produção de fibroblastos gengivais, produção de fibronectina e colágeno tipo 1 elementos de suma importância no processo de cicatrização.
Referência bibliográfica:
Artigo do professor Laurindo boretelli neto, cirurgião dentista e doutor em ciências.

gincana de genética ( divulgação dos blogs- experiência da APAE.)

                1-hitchasley salviano (turma 305.1) experiência da APAE: http://hitchasleysa.blogspot.com/2011/05/pessoas-especiais-mostram-essencia-do.html
2-Pedro Ikaro (Turma 305.1) Experiência na APAE:
3-Almira Gonçalves (Turma 305.1) Experiência na APAE:
4-Valdemir Silva (Turma 305.1) Experiência na APAE:
5-Marcos Brito (Turma 305.1) Experiência na APAE:
6-Nathália Vieira(Turma 105.1), Experiência na APAE:
7-Karina Macêdo (Turma 106.1), Experiência na APAE:
8-Caio Raull (Turma 201.1 ), Vídeo:
9-Lorem Krsna (106.1) Experiência na APAE: http://filhotedefauchard.blogspot.com/2011/05/visita-apae.html
10-Rayanne Maria (Turma 106.1), Experiência na APAE: http://odontorm.blogspot.com/2011/05/gincana-experiencia-na-apae-fiquei.html  
11-Monique Anne (turma 106.1), experiência da APAE: http://moniqueanneoliveira.blogspot.com/2011/05/gincana-visita-apae.html
12-Alexandre (turma 305.1) experiência da APAE: http://alexandreodonto.blogspot.com/2011/05/visita-apae.html


terça-feira, 24 de maio de 2011

gincana de genética

                Aprendendo uma lição de vida na APAE!               

No dia 19 de maio de 2011 os alunos do curso de odontologia da faculdade leão Sampaio tiveram a oportunidade de conhecer mais um pouco sobre os trabalhos desenvolvidos na APAE de Juazeiro do norte.


É um lugar realmente encantador, aonde barreiras como o preconceito e as limitações impostas pela sociedade não existem.
A superação é percebida em cada gesto e sorriso dos alunos da instituição que comovem a alma e nos fazem sentir mais humanos.
Lá eles dançam,cantam,brincam, e aprendem, mas o que mais nos surpreende é a felicidade que eles nos passam, como se quisessem nos dizer que o importante realmente nessa vida é ser feliz.


Parabenizo a APAE pelos trabalhos proporcionados a essas pessoas, exercendo com eficiência mais uma ação de cidadania contribuindo assim para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

sábado, 21 de maio de 2011

entrevista(gincana de genética)

From: i_es_us@hotmail.com
To: lavouisier@hotmail.com
Subject: Gincana de Genética
Date: Thu, 19 May 2011 20:34:44 +0300



Entrevista

1.Qual o seu nome e instituto do qual faz parte?

bom meu nome eu me recuso a divulgar por completo porem segue como (L.F.B.N) fasso parte da Faculdade de Ciências Aplicadas Doutor Leão Sampaio.

2.O que estuda a biologia molecular?

Pode ser caracterizada como uma parte de grande importância da bioquímica, estuda em seu âmbito os processos biológicos da célula tais como replicação e transcrição resumindo estuda os processos que regem as funções primordiais da célula.

3.Quais os avanços significativos que a área da biologia molecular pode contribuir para a melhoria da saúde em geral?

Com os avanços na questão do mapeamento genetico atraves do projeto genoma espera-se que para o futuro seja possivel corrigir erros genéticos por modificações ou interações com o material genético alem dos grandes avanços esperados para os materiais trangênicos.

4.Você conhece algum artigo relacionando a biologia molecular com a odontologia?

Não que eu me recorde.

5.Qual a área de pesquisa que pretende atuar?

pesquisar a interação fitoquímica de algumas plantas de uzo popular na bioquimica.

6.Quais os pontos positivos e negativos proporcionados pelos avanços da biologia molecular?

Algumas pessoas ainda tem uma grande dúvida quanto aos avanços da biologia molecular por essa trabalhar com os processos mais fundamentais da célula então pode-se esperar mudanças milagrosas pra melhor ou pra pior nos  pacientes tratados com essa metodologia.